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Entenda o que são jogos indies e confira os principais títulos já lançados

Jogos indies, como também são chamados os jogos independentes, cresceram muito nos últimos anos. Se antigamente eles eram conhecidos como produtos de “segunda” e jogos de baixo orçamento, hoje são referência na indústria de games e também na forma como a relação comercial funciona – o que gerou até mesmo a produção de um filme/documentário sobre este mercado, o Indie Game: The Movie.
Jogos indie tiveram até seu filme próprio (Foto: Divulgação)Jogos indie tiveram até seu filme próprio - Indie Game: The Movie (Foto: Divulgação)
Algumas das maiores provas estão aí para nos mostrar o resultado do bom trabalho que os desenvolvedores independentes estão fazendo. Mesmo sem o apoio de grandes empresas por trás, jogos como Minecraft, Super Meat Boy e FTL fazem enorme sucesso – em uma indústria onde até mesmo grandes nomes fracassam em vendas e grandes empresas de outrora são fechadas sem mais nem menos.
Mesmo com recursos e até mesmo equipes limitadas, as produtoras independentes conseguiram se destacar no mercado e até criar um mercado à parte – com jogos que são lançados sem nenhuma amarra comercial, acordo abusivo ou preço muito acima do que o jogo vale, como muitas das vezes ocorre.
Para lembrar deste belo novo modelo de mercado, o TechTudo montou uma lista com os jogos indies mais quentes do momento, como os já citados nesta matéria e outros que estão crescendo cada vez mais.
Minecraft  (PC, XBox 360, iOS, Android)
Este talvez possa ser considerado o pai do atual mercado indie. Minecraft é criação do produtor Markus “Notch”. O jogo é interessante pois não apresenta gráficos avançadíssimos com modelos super reais e capacidades inacreditáveis. Pelo contrário, já que o game segue um estilo de arte totalmente retrô, com personagens quadradões, ainda que seja tudo em 3D.
Minecraft (Foto: Divulgação)Minecraft é um dos pioneiros do mercado de jogos indies (Foto: Divulgação)
A jogabilidade de Minecraft é simples: trata-se de um jogo de mundo aberto, onde você deve sair por aí coletando elementos para criar objetos e assim definir seu próprio rumo neste mundo. Claro que há ameaças, como por exemplo os monstros que surgem de noite. Mas o mais interessante do jogo é que ele foi lançado antes mesmo de estar pronto.
Quando Minecraft estava no estágio “alpha” de produção, ainda sem diversas funções e com uma jogabilidade bem básica, seu criador resolveu começar a vender o game por um preço promocional, o que resultou em um novo modelo de negócios atraente e milhões de jogadores satisfeitos. É claro que o game foi atualizado para a versão final com o tempo.
Super Meat Boy (PC, Xbox 360, Mac, Linux)
Criado por uma simpática dupla de desenvolvedores indies, na equipe chamada de “Team Meat”, Super Meat Boy também é outro belo exemplo de como um jogo independente pode se destacar sem o apoio de uma grande produtora por trás. O game foi lançado primeiro de forma gratuita, como um game em Flash, e logo ganhou uma edição mais complexa, com mais recursos e ainda mais bonita.
Super Meat Boy (Foto: Divulgação)Super Meat Boy era frustrante e fazia os jogadores se viciarem (Foto: Divulgação)
Com gráficos 2D bem animados, Super Meat Boy impressiona por ser um jogo extremamente difícil e frustrante, mas este é seu principal atrativo. O game presta uma homenagem aos tempos em que os jogos eram conhecidos por serem realmente difíceis, sem molezas para os jogadores e com boas recompensas para quem terminava a aventura. Em tempos que os jogos têm até mesmo o modo “Super Fácil”, Super Meat Boy foi muito apreciado pelos saudosistas.
FTL: Faster Than Light (PC, Mac, Linux)
O game FTL: Faster Than Light é outro belo exemplo de jogo indie que se sobressaiu sobre a concorrência de empresas maiores e ganhou um ótimo destaque no mercado. O título também não apresenta gráficos de outro mundo. Aliás, nem mesmo a jogabilidade de FTL é lá muito agitada, mas seu charme está em outro elemento: a administração de recursos.
FTL Faster Than Light (Foto: Divulgação)FTL Faster Than Light (Foto: Divulgação)
FTL é um jogo de administração de espaçonave, onde você deve construir e cuidar de sua nave, designando cargos para pessoas, controlando recursos e tudo o mais. Imagine que você possa controlar cada cabine e cada compartimento de uma Enterprise, do seriado Star Trek. Com FTL isso é possível, ou ao menos algo bem próximo disso, já que obviamente o game não tem a licença do famoso seriado para utilizar seus personagens e suas naves. Ainda assim, este vale uma boa conferida de perto, pois ao mesmo tempo que é relaxante e educativo, é emocionante e cheio de desafios.
Torchlight (PC, Mac, Linux, Xbox 360)
Torchlight é um jogo indie de tanto sucesso que já tem até mesmo uma continuação. O game foi lançado na carona do sucesso de Diablo, antes mesmo do terceiro capítulo sair no mercado. Mas foi certeiro para os fãs do estilo de jogo “dungeon crawler”, de exploração de masmorras e batalhas fervorosas contra inimigos desafiadores. Com seu visual simpático e jogabilidade bem agradável, Torchlight fez um enorme sucesso.
Torchlight (Foto: Divulgação)Torchlight fez sucesso com boa jogabilidade e visual (Foto: Divulgação)
Sua sequência, Torchlight 2, foi lançada recentemente por um preço de US$ 20. Em entrevistas à jornalistas, a produtora do game alegou que poderia vendê-lo a US$ 60, preço padrão de jogos “famosos”, mas que optou por esta faixa de preço por ser extremamente amigável ao consumidor e também conseguir gerar lucro aos produtores. É ou não é uma relação livre de pressões de mega editoras?
Braid (PC, PS3, Xbox 360, Mac, Linux)
De todos os jogos desta lista, Braid é aquele “menos indie”, mas ainda assim, produto de uma mente de desenvolvedor com tradição independente. O game preza pela arte, por elementos de quebra-cabeças e homenagens a jogos mais famosos, como Super Mario, mas sem parecer pedante. Braid não é fruto de uma megaprodução e foi criado em pouco tempo, mas nem por isso é um jogo curto ou de pouco conteúdo.
Braid (Foto: Divulgação)Braid é famoso pela jogabilidade única (Foto: Divulgação)
Não é possível terminar a aventura de Braid sem se emocionar com a história, que é melhor não detalharmos muito para não entregar surpresas, ou “spoilers”. Tudo o que você precisa saber é que o game faz um belo uso de metalinguagem na hora de contar sua história e utiliza ainda elementos da jogabilidade em sua narrativa. Parece confuso? Espere só até jogar Braid e conferir essa experiência indie única, que não se equipara a nenhum outro título.

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